cade_09Nos seguintes municípios o magistério está sem receber o seu salário: Porto da Folha, Aquidabã, Canhoba, Malhada dos Bois, Telha, Ilha das Flores e Salgado. Já o Município de Santo Amaro das Brotaspagou apenas os professores que ministram aulas no ensino fundamental. Moita Bonita depositou 30% do salário e Propriá pagou 50% dos rendimentos – nos dois casos ainda não há previsão de regularização.

Há ainda o Município de Graccho Cardoso, que já pagou o 13º, mas ainda deve o salário de dezembro. Em Lagarto, o magistério recebeu o salário relativo a dezembro apenas na última terça-feira e em Riachão do Dantas o dinheiro foi depositado de forma fracionada – sendoque os 50% restantes foram pagos ontem. No pequeno Município de Feira Nova, os professores também só viram a cor do salário de dezembro ontem.

 

Aquidabã

O Sintese divulgou ontem em seu site que diante de mais um ano sem 13º terceiro e sem a perspectiva de recebê-lo, os professores da rede municipal de Aquidabã farão hoje um ato em repúdio à postura da administração municipal, que além de não garantir o direito ao 13º salário se recusa a dialogar com os trabalhadores da Educação. A concentração para o ato será a partir das 8 horas, na Praça do Memorial.

Em dezembro de 2014 foram completados três anos em que os professores de Aquidabã não recebem o 13º salário. O prefeito também estaria há três anos sem pagar férias aos professores da rede municipal. Há ainda outro passivo trabalhista acumulado pela prefeitura, desde 2012, quando os professores não tiveram o piso salarial reajustado.

“Desde novembro do ano passado que o Sintese envia ofícios à prefeitura solicitando audiência com o prefeito, sem obter respostas. Queríamos assegurar que os professores não ficassem mais um ano sem receber 13º terceiro salário e férias. No entanto, o prefeito ignora as tentativas de diálogo e negociação e passa por cima de direitos assegurados aos trabalhadores”, contou o representante do Sintese em Aquidabã, professor José Vanderley Silva.

 

Crise

No final de dezembro, o jornal “O Estado de São Paulo” divulgou um editorial afirmando que a política fiscal e econômica do Governo Federal está afetando fortemente as finanças dos municípios, que já não eram boas. O texto divulgou uma pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM), mostrando que ainda em dezembro já havia a previsão de que quase 600 municípios teriam de atrasar este ano o pagamento do 13º salário dos servidores. 

Segundo a CNM, o País tem hoje mais de 6,2 milhões de servidores municipais, com renda média mensal de R$ 2.554. Os municípios do Estado do Rio de Janeiro têm a maior renda média mensal do País (R$ 4.052), enquanto os municípios que pior pagam os seus servidores são os do Estado do Pará (R$ 1.368). O editorial cita ainda o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, que garante: a situação é pior no Nordeste, “já que de 35% a 40% dos servidores na região ganham salário mínimo”.

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Com informações do Jornal da Cidade

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