Hospital é referência no atendimento a traumatismos
Hospital é referência no atendimento a traumatismos

Uma empresária teve um dedo da mão esquerda amputado e o rosto cortado em um acidente de trânsito em 2005. O reimplante não foi possível porque o dedo não foi encontrado. Dois meses depois, como a face continuava infeccionada, passou por exames e descobriu que um pedaço do dedo havia sido “esquecido” pelo médico dentro do rosto.

O erro médico aconteceu em Belo Horizonte, no Hospital João 23, referência no atendimento a vítimas de acidentes. Em novembro de 2006, a empresária processou a Fhemig, fundação do Estado de Minas Gerais que administra o hospital, e ganhou o direito de receber R$ 20 mil por danos morais. A decisão, da juíza substituta Rafaela Kehrig Silvestre, da 4ª Vara da Fazenda Estadual, foi divulgada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais nesta terça-feira (22). A Fhemig pode recorrer da decisão.

A empresária descobriu que parte do dedo estava dentro do rosto quando foi internada em um hospital particular para ser submetida a nova cirurgia. Na Justiça, a Fhemig alegou que prestou atendimento cuidadoso à paciente e que a prioridade era preservar a vida, já que ela havia sofrido um traumatismo craniofacial e perdido a consciência. Segundo os médicos, não teria havido erro, já que o fragmento estaria esmagado e seria de difícil localização, além do reimplante ser considerado praticamente impossível.

A partir de laudos técnicos, a juíza não aceitou as alegações do hospital, já que o pedaço do dedo teria cerca de dois centímetros: “portanto, não era tão pequeno que o impedisse de ser visto”. Ela considerou a atitude do hospital imprudente e condenou o médico responsável a responder solidariamente.

— O dano moral foi oriundo de impossibilidade de reimplante do dedo e a displicência de deixá-lo em sua face, bem como a ocorrência de uma segunda cicatriz em cima da anterior.

HS 24 horas-De olho na notícia / com R7

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