Foto: TNH1
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O Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público, em parceria com as polícias Militar e Civil, realizou na última quarta-feira, 08, uma operação na cidade de Joaquim Gomes, distante da capital 70 km, que resultou na prisão de oito vereadores e do ex-secretário de saúde do município.

Segundo informações do site JG 40 Graus, a sessão na Câmara Municipal de Joaquim Gomes foi interrompida para cumprimento dos mandados de prisão expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.

Durante a operação, que contou com a presença do delegado-geral da Polícia Civil, Carlos Alberto Reis e do coordenador do Gecoc, promotor Alfredo Gaspar de Mendonça, oito dos 11 vereadores municipais foram detidos: Edivan Antônio da Silva, Antônio Gonzaga Filho, Edvaldo Alexandre da Silva Leite, o Dil das Irmãs, Cícero Almeida Lira, Adriano Barros da Silva, Antônio Márcio Jerônimo da Silva, Antônio Emanuel de Albuquerque de Moraes Filho, o Maninho, e Tereza Cristina Oliveira de Almeida.

O ex-secretário de Saúde do município, Ledson da Silva, também foi preso por intermediar o pagamento aos vereadores.

Mensalinho

Segundo informações da assessoria de comunicação do Ministério Público, os vereadores são acusados de receber verba pública para integrar a base aliada do prefeito afastado Antônio de Araújo Barros (PSDB), conhecido como “Toinho Batista”.

“Eles recebiam uma espécie de ‘mensalinho’ para apoiar as ações do governo municipal e não efetivar a fiscalização devida”, destacou o coordenador do Gecoc, Alfredo Gaspar.

3De acordo com dados passados pelo promotor da cidade, Carlos Davi Lopes, as investigações tiveram início em setembro quando o Ministério Público recebeu uma denúncia de corrupção e um vídeo, onde os vereadores aparecem recebendo dinheiro do ex-secretário. Os edis recebiam uma quantia de mensal com valores entre R$1,5 mil e $3 mil pelo apoio político a administração afastada.

“O vídeo é de outubro do ano passado e não temos como precisar até quando os vereadores receberam o dinheiro. Ainda não ficou comprovada a participação do prefeito no esquema. Se caso ocorra, ele será punido. Joaquim Gomes é símbolo da corrupção. É uma cidade pequena com IDEB e IDH baixos e esta sendo assaltada por gestores inescrupulosos”, disse o promotor.

Os edis estão no Instituto Médico Legal (IML), em Maceió, onde passam por exames de corpo de delito. Depois, ficarão presos na Casa de Custódia.

O promotor Carlos Davi Lopes informou ainda que o MP pedirá a prisão dos acusados por improbidade administrativa. Isto impedirá que os vereadores voltem aos cargos. Com isso, as vagas na Câmara Municipal de Joaquim Gomes serão ocupadas pelos suplentes.

No IML, a imprensa tentou falar com os acusados sobre o esquema, mas os vereadores se recusaram a contar as suas versões sobre o caso aos repórteres.

Propina

No vídeo registrado por uma câmera escondida dentro do veículo utilizado por Ledson da Silva, o primeiro a aparecer é Edivan Antônio, que também trabalha como escrivão do Fórum de Joaquim Gomes . O vereador é filmado recebendo uma quantia de dinheiro e, em seguida, cobrando a parte de Adriano Barros e Antônio Márcio.

Também foram registrados os momentos em que o ex-gestor repassava o pagamento em espécie ao presidente da Câmara, Antônio Gonzaga Filho, e aos vereadores Edvaldo Alexandre e Cicero Lira. Já Antônio Emanuel de Albuquerque e Tereza Cristina Oliveira receberiam dinheiro durante um encontro realizado em Maceió. “Todo mundo que tem acordo pega”, revela o representante da Prefeitura Municipal no vídeo.

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Com informações do Alagoas 24 horas

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