O delegado titular do 56º Distrito Policial, Itamar Uchoa, comandou a operação “Mordaça”, que resultou nas prisões de quatro pessoas acusadas de integrarem uma quadrilha que atuava nas cidades de Campo Grande, Girau do Ponciano, Traipu e Lagoa da Canoa. Os trabalhos tiveram início na terça-feira (25) e foram concluídos hoje (29). Há evidências de participação deles em crimes ocorridos em Batalha e Belo Monte, no Sertão de Alagoas.
Uchoa destaca que a quadrilha é formada por pelo menos 12 elementos. Quatro deles foram detidos, inclusive José Correia dos Santos, conhecido por Genilson, apontado como líder da quadrilha. O grupo é acusado de assaltos em residências, roubos de moto e carro, tentativas de latrocínio e homicídios.
Preso no povoado Pitubas, na cidade de Girau do Ponciano, José Correia, o Genilson, foi transferido para Arapiraca porque, segundo o delegado, havia ameaça de resgate. Contra José Correia dos Santos, o Genilson, ainda consta a acusação de seis casos de homicídios, todos cometidos na região de Girau do Ponciano. “Dos seis homicídios, apenas um deles consta no sistema e os outros cinco estão sendo apurados pela Polícia Civil, que vai ouvir as famílias das vítimas.
Veículos recuperados
A operação resultou ainda na recuperação de um Voyage, cor preta, ano 2010, que havia sido roubado no bairro do Jacintinho, em Maceió, que estava em poder deles. Também foi recuperada uma moto 300 cilindradas, que havia sido roubada em Girau do Ponciano. “Além desses veículos, existem denúncias de pelo menos 40 assaltos praticados por essa quadrilha, com pelo menos cinco tentativas de latrocínio”, disse Itamar Uchoa. Uma das vítimas de disparos efetuados pela quadrilha está em fase de recuperação e será ouvida pela polícia.
O principal acusado José Correia dos Santos, o Genilson, negou envolvimento nos assaltos. Disse não ter participação nos assaltos, acusando um irmão dele de participar de um grupo que agiria na região roubando motos. Negou também ter praticado seis homicídios, assumindo apenas um crime registrado no assentamento 1º de Maio e que, segundo ele, foi em legitima defesa.
O delegado Itamar Uchoa disse que a polícia está segura quanto à participação dele nas ações criminosas e informou que a prisão foi decretada de forma provisória. Uchoa frisa que é importante que as vítimas procurem a polícia para fazer o reconhecimento do acusado.
Trabalho continua
A operação continuará para que os demais elementos sejam presos. A denominação de mordaça aconteceu porque a população vivia aterrorizada por conta das ações dessa quadrilha e, segundo Itamar Uchoa, após às 17 horas todos temiam circular nas estradas vicinais da área rural de Girau do Ponciano e demais cidades da região, temendo serem as próxima vitimas. Disse também que as pessoas sabiam quem eram os envolvidos, mas não denunciavam com medo das represálias.
De acordo com o delegado, a operação contou o com apoio do GPM de Girau do Ponciano, comandado pelo capitão Silva Júnior, comando do 3º BPM e do Delegado Regional, Dr. Isaias Rodrigues. Os mandados de prisão, busca e apreensão foram expedidos pelo juiz titular da Comarca de Girau do Ponciano, Dr. Jamil Amil Albuquerque.
Fonte : 7 Segundos